Cinco fazendas de café que fazem visitas guiadas

Você sabia que, na década de 1960, mais da metade da população brasileira ainda vivia no campo (56%)? O Brasil estava em rota de urbanização, integrando-se com o restante do mundo por meio da instalação de indústrias e verticalização das principais cidades. Hoje, estima-se que mais de 85% da população nacional é urbana – menos de 15% ainda vivem na zona rural.
Essa mudança do perfil da população levou também ao distanciamento da origem dos alimentos. Os urbanos são cada vez mais dependentes da comida industrializada de grande escala. E o contato com as coisas do campo passou a ser nos supermercados, sacolões e feiras livres.
Num momento em que existe uma discussão mais profunda sobre a origem e o processamento dos alimentos, também no mercado de café a busca por se conhecer e se aproximar dos produtores tem se tornado mais frequente. Um dos elementos mais importantes desse movimento é o fato de que muitas cafeterias servem cafés torrados de diferentes origens, apresentando o produtor, a localização do sítio ou fazenda e as características de produção. Isso é muito importante porque cria transparência, ou seja, quando as pontas da cadeia começam a se enxergar.
Como isso aconteceu? Por outro lado, muitas pessoas que tiveram a oportunidade de se graduarem em cursos superiores, trabalharem em empresas com cultura corporativa estruturada e terem o lado empreendedor estimulado pelo vigor do mercado tomaram frente dos negócios, por vezes centenários, da família. O ambiente agrícola ganhou novos ares. Junto de práticas administrativas modernas, incorporando técnicas comerciais e de marketing para os negócios, a verticalização se tornou um caminho obrigatório.
Imagine, depois de pedir seu café e ler sobre a bebida, o produtor e a fazenda, poder se transportar até lá… Bem, isso já é realidade.
Fazendas estão literalmente abrindo porteiras para receber os coffee lovers de plantão, oferecendo experiência completa começa com a visita às lavouras, para conhecer as variedades plantadas e colher o seu próprio lote de café, e segue pelo processo de secagem e até a torra das sementes! Ter esse relacionamento direto com os cafeicultores cria um virtuoso caminho de conhecimento e valorização de seu trabalho. É assim o chamado comércio justo e transparente.
Gostaria de conhecer algum desses cafezais? Vamos lá!

Fazenda Campo Místico, de Bueno Brandão (MG)
Mantém uma visita guiada que é uma vivência com a agricultura familiar de montanha. Começa com um café da manhã de boas vindas, seguindo para as lavouras onde os visitantes podem realizar a colheita das frutas. Inclui um almoço tradicional de fogão a lenha e uma experiência com a torra de café, além de uma degustação.

Sitio Águas Finas, de Guaramiranga (CE)
De propriedade do Coronel Francisco Uchoa, um verdadeiro amante do café, oferece visita guiada que se inicia pelos cafezais sombreados no belo Maciço do Baturité. Aprende-se sobre a secagem das frutas, do seu benefício (descascamento) e torra de café, com músicos e atores que representam os espíritos da floresta.

Rota do Café Especial, Carmo de Minas (MG)
Esta visita guiada é feita numa das centenárias fazendas da região, a Fazenda Sertão. Começa com histórias da região, visitas aos cafezais e às áreas de secagem de cafés. Localizada na Serra da Mantiqueira, junto ao Circuito das Águas, pode incluir um impressionante passeio de balão.

Fazenda Baobá, São Sebastião da Grama (SP)
Localizada no Vale da Grama, na divisa com Divinolândia (SP) e Poços de Caldas (MG), a visita guiada inclui passeio pelos cafezais, que ficam nas encostas, boa parte em meio à vegetação nativa da Mata Atlântica, e pelo quase centenário terreiro de secagem, além dos setores de beneficiamento do café e torrefação. Possuem produção de mel, que pode ser adquirido no local.

Fazenda Tozan, Campinas (SP)
Propriedade de um dos mais importantes conglomerados japoneses, o Grupo Mitsubishi, representa o braço agroindustrial no Brasil, mais conhecido pela produção pioneira de saquê em nosso pais, o Azuma Kirin. A fazenda, cujo nome é Monte D’este, mantém uma belíssima casa sede, patrimônio histórico e cultural, em meio ao cafezal, cuja produção é toda voltada para o mercado internacional.

 

Fonte: Estadão

Idealizado por Gabriel Guimarães

Gabriel Guimarães

Iniciou no universo dos cafés ao conhecer Hélcio Júnior, diretor da Unique Cafés, que o convidou para se tornar barista ao perceber a facilidade em comunição e paixão, ao ser atendido por ele em um bar onde o mesmo atuava como bartender.

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10 Comentários

  1. Bom dia. Pretendemos ir à BH entre 31.05 e 04.06 e gostaríamos de visitar alguma fazenda cafeeira e tomarmos um café colonial. Gostaríamos de indicação para este período. Somos 3 adultos e 1 criança, partindo de Porto Alegre-RS.

    Responder
    • Em BH não tem passeio em fazenda de café, infelizmente.

      Responder
      • Me expressei mal. Vamos para BH na data supra, mas gostaríamos de visitar alguma fazenda cafeeira mais perto de BH. Poderia nos indicar algumas fazendas com visitação ao cafezal e suas respectivas distâncias de BH, por favor?

      • Ah, entendi! Infelizmente perto de BG não sei te informar quais existem abertas para visitação atualmente 🙁

  2. ola, gostaria de saber como faço para agendar a visitação..grupo de 10 pessoas da familia.

    Responder
    • Olá, bom dia! Tudo bem? Iremos entrar em contato com você! Obrigada!

      Responder
  3. Boa Noite. Como faco6para ter mais informações das visitas guiadas nas fazendas de café

    Responder
    • Olá, boa tarde! Tudo bem? Respondemos por e-mail. Obrigada!

      Responder
      • Como posso marcar o dia

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