INTRODUÇÃO
Primeiramente, você fazia ideia de que os cafés colhidos a partir das fezes dos animais são conhecidos como os cafés mais caros e exóticos do mundo? Parece inacreditável, muitas pessoas costumam ter dúvidas e até receio de beber esse tipo de café ao lerem essa informação no rótulo, portanto, vamos esclarecer algumas dúvidas importantes sobre o assunto. Continue lendo!
Quais tipos de cafés são colhidos das fezes de animais?
será que isso é verdade mesmo?
Mundialmente, o café mais conhecido por ser colhido a partir das fezes de animais é o Kopi Luwak. Este café colhido das fezes de um civeta, uma espécie de “gato herbívoro”, encontrado na região da Indonésia e que se alimenta de grãos de café. Porém, existem alguns outros cafés exóticos nessa história que precisamos listar também, confira:
- Jacu Bird;
- Kopi Luwak;
- Black Ivory;
- Monkey Coffee.
No Brasil, é mais comum encontrarmos o café colhido a partir das fezes do Jacu, uma ave silvestre de grande porte que também se alimenta de grãos de café. Ah, é dele que falaremos mais detalhadamente a seguir.
Pode parecer loucura para algumas pessoas, principalmente se você está entrando no universo do café agora. Por isso, te daremos mais detalhes sobre o assunto. Partiremos, então, para mais uma etapa!
Café Jacu Bird: como é produzido?
entenda o processo de produção do café colhido a partir das fezes do Jacu
Antes de mais nada, o Jacu é uma ave encontrada na América Central e América do Sul nas zonas de florestas, inclusive próximo aos cafezais. Além disso, são aves herbívoras, de grande porte e que podem atingir até 85cm de comprimento. São aves silvestres, ou seja, são originárias da natureza e não estão tão adaptadas ao convívio. Nenhum produtor de café mantém o Jacu em cativeiro para obter esse tipo de café, o processo acontece de forma natural, até porque o Jacu se torna um grande “ajudante” do produtor. Você entenderá melhor a seguir.
Tudo começa quando o Jacu, naturalmente, seleciona e se alimenta dos frutos maduros de café direto do pé (até rimou), imitando a seleção natural que geralmente acontece na colheita de cafés especiais. Ou seja, o Jacu não aceita se alimentar de frutos podres ou verdes do café, ele seleciona somente o melhor. A ave se alimenta apenas da polpa e casca do fruto, assim, o grão de café (semente) é expelido totalmente intacto após a digestão.
Nesse sentido, enquanto o sistema digestivo do Jacu faz essa separação, melhora as características sensoriais do grão de café através da fermentação natural desse processo e proporciona notas que tornam a bebida tão exótica. Incrível, né!?
Depois que esses grãos são expelidos através das fezes do Jacu, cada produtor encontra uma forma de colhê-los na natureza. Alguns, vão catando durante a safra, separando da colheita convencional quando encontram as fezes próximo aos pés de café, outros limpam as áreas onde percebem a presença da ave. Afinal, é possível retirar os grãos debaixo das árvores que elas dormem e, diferente dos outros animais, com o Jacu esse processo acontece de forma mais rápida.
Feito isso, os grãos ainda estarão com as fezes in natura como na imagem acima. Então, as sementes serão separadas das fezes e retirada a película que não é digesta. Em seguida, os grãos são torrados e disponibilizados.
Por muito tempo, produtores de cafés pensavam que o Jacu destruía a lavoura. No entanto, essas aves se tornaram parte do negócio.
Onde comprar café Jacu?
o café mais exótico de todos os tempos
Se você ainda não teve oportunidade de provar um café exótico como este que te contamos acima, essa é sua chance. Aqui no site mesmo é onde comprar um café colhido a partir das fezes de animais, como o Jacu, é possível.
O Di Pássaro, nome dado a essa edição que disponibilizamos somente 01 vez ao ano, é um dos cafés mais raros e exóticos do mundo. Os grãos são colhidos das fezes do Jacu, aves silvestres da Serra da Mantiqueira de Minas, que comem esses melhores frutos do cafeeiro, aqueles sem defeitos e completamente maduros.
Nesse sentido, diferente do processo convencional, o que acontece no sistema digestivo do Jacu proporcionou características únicas ao café como, por exemplo, aroma frutado, notas de amora, morango e cereja. Doçura intensa, acidez cítrica, corpo cremoso e finalização doce.
Outros cafés colhidos a partir das fezes de animais
Kopi Luwak, Coffee Mokey e Black Ivory
O Brasil é o maior produtor de café mundial e, por aqui, é mais comum encontrarmos cafés a partir das fezes do Jacu. Porém, não podemos nos esquecer dos outros animais responsáveis por oferecer cafés caros e exóticos mundo afora. Veja só!
Café Kopi Luwak
Como introduzimos inicialmente, o Kopi Luwak é uma civeta, mamífero originário da Indonésia, que também selecionam e comem frutos maduros do café.
Apenas a polpa é digerida e o grão de café permanece intacto ao passar pelo sistema digestivo. Durante esse processo, as bactérias e enzimas únicas da civeta fazem com que os grãos fiquem com um sabor especial, descrito como “uma mistura de chocolate e suco de uva, menos ácido e amargo do que outros cafés”. Os grãos também são higienizados, tratados e torrados antes da comercialização.
Falando nisso, sabia que uma xícara do café Kopi Luwak pode custar 50 libras esterlinas no Reino Unido? Ele também é um sucesso de vendas no Japão, na Europa e nos Estados Unidos.
Café Black Ivory
Também conhecido como “marfim preto”, o café Black Ivory é colhido a partir das fezes dos elefantes na Tailândia.
O processo acontece quando os produtores misturam o café na ração dos elefantes. O animal ingere, o grão de café passa pelo sistema digestivo e é expelido intacto. Depois disso, as fezes são levadas para um lugar adaptado e é feita a catação dos grãos. Em seguida, o grão de café é processado, torrado e comercializado.
Nesse sentido, o elefante processa os grãos durante 70 horas. As bactérias que recepcionam os grãos e o fato do elefante ter uma dieta estritamente herbívora proporcionam o sabor suave ao café. Um quilo do café Black Ivory já chegou a custar U$1.200.
Coffee Monkey ou café do macaquinho travesso
Parecido com a história do café Jacu, na Índia e Taiwan, muitas lavouras de café ficam próximas a florestas onde naturalmente habitam macacos.
Sendo assim, esses macacos têm o hábito de comer os frutos maduros do café. Mas aí vem a diferença, os macacos não ingerem o grão do café, pelo contrário, fazem como nós mesmos fazendo com algumas frutas, em que tiramos o caroço (semente) antes de engolir. Depois de colher os frutos mais doces, eles mastigam lentamente e cospem. Então, o produtor recolhe esses grãos que são lavados, secos, torrados e comercializados. Um quilo do Coffee Monkey chegou a custar U$700. Caro, né?
Concluindo, não se assuste quando ler um rótulo de café indicando que a colheita foi feita a partir das fezes de algum desses animais. Afinal, isso não significa que o café é de baixa qualidade e muito menos que é sujo.
Em todos esses cafés, os frutos são ingeridos por animais com dieta herbívora e as reações naturais que acontecem não são maléficas para a saúde. Os grãos são higienizados e a alta temperatura da torra também garante essa segurança alimentar.
Di Pássaro – Ed. Especial 150g
Di Pássaro é um dos cafés mais raros e exóticos do mundo, pois seu processo é diferente dos convencionais: os grãos são colhidos das fezes de um pássaro chamado Jacu, que come os melhores frutos do cafeeiro, aqueles sem defeitos e completamente maduros. Este café é originário de aves silvestres da Serra da Mantiqueira de Minas.
OBS: Disponível somente torrado em grãos.
ATENÇÃO: AO COMPRAR ESTE CAFÉ, SEU PEDIDO SERÁ ENVIADO A PARTIR DO DIA 26/11.
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