Cada um de nós tem uma lembrança de como foi o primeiro contato com café especial. Que tenha sido por influência de alguém, ao acaso ou pela curiosidade de entrar em uma cafeteria, o fato é que uma vez experimentado os especiais, não se quer mais voltar aos tradicionais. E temos argumentos fortes do porquê disso.

Não se trata, em absoluto, de uma embalagem bonita e preço elevado. O caminho do café especial é repleto de etapas artesanais que garantem, ao final, uma experiência sensorial única. É um processo cuidadoso que começa com a colheita manual e, após recolhidos, os grãos passam por uma lavagem, em que os maduros são separados dos verdes e dos já passados. Em seguida,
vêm as etapas de secagem e de torrefação, onde se preservam as notas sensoriais, que podem ser de frutas, flores, chocolate ou nozes.

Mas isso não é tudo. O café especial passa também por rigorosos critérios de qualidade e classificação, com base na escala da Specialty Coffee Association (SCA), em que são atribuídas notas pela fragrância, acidez, corpo e equilíbrio da bebida. Lembrando que a pontuação deve ficar acima de 80 pontos para que o café seja considerado especial.

Existem ainda mais duas etapas, não menos importantes: o preparo e a armazenagem. Cada método de preparo ressalta diferentes aspectos do café. Ressaltamos também que o ideal é manter o café na embalagem original, pois ela foi projetada para preservar o frescor dos grãos, protegendo-os da luz e do oxigênio.

Transformar todo o processo acima numa prazerosa xícara de café e saber que, neste momento, tem alguém experimentando um café especial pela primeira vez é o que nos move. E isso é muito gratificante!