V60 ou Melitta: qual coador entrega o melhor café?

V60 ou Melitta? Descubra qual método faz o melhor café, com teste sensorial, dicas de preparo e comparativo completo!

INTRODUÇÃO

Se você começou a se aventurar no mundo do café especial, provavelmente já se deparou com essa dúvida: afinal, qual método é melhor: V60 ou Melitta? Essa comparação rende discussões calorosas entre baristas, coffee lovers e até quem só quer preparar um bom café em casa sem complicação.

Por um lado, o Melitta é o clássico porta-filtro presente nas casas brasileiras há décadas, conhecido pela praticidade e preço acessível. Por outro, o V60 ganhou fama por oferecer maior controle na extração e destacar nuances sensoriais com mais precisão virou o queridinho dos baristas e das cafeterias especializadas.

 

 

De onde vêm esses dois métodos?

Antes de colocar os coadores lado a lado, é bom entender de onde eles vêm.

Melitta é um método alemão, criado no início do século XX por uma mulher chamada Melitta Bentz, que buscava uma forma mais limpa e prática de coar café. A marca se popularizou tanto que virou sinônimo de café coado no Brasil. Mas vale lembrar: Melitta é, antes de tudo, uma fabricante de equipamentos — e só depois virou marca de café.

V60 é bem mais recente. Criado pela empresa japonesa Hario, seu nome vem do design: “V” de formato em cone, e “60” pelo ângulo de 60º das paredes. O método virou queridinho dos baristas por permitir alto controle sobre a extração e favorecer clareza sensorial.

 

 

Anatomia do V60 e do Melitta: como o design de cada coador influencia o preparo do café

Para entender por que o V60 e o Melitta geram cafés com características tão diferentes, precisamos olhar com atenção para o design de cada um. Os dois são métodos de percolação, ou seja, a água passa pelo café moído por gravidade, mas a forma como isso acontece muda bastante de um para o outro. Vamos te explicar melhor!

Melitta

O Melitta é um coador com base chata e apenas um furo pequeno no centro. Esse detalhe reduz o fluxo da água, fazendo com que a extração ocorra mais lentamente, mesmo sem muita técnica envolvida. Essa característica foi pensada justamente para facilitar o preparo doméstico, garantindo uma boa extração mesmo quando a água é despejada de forma contínua ou desordenada.

Métodos de preparo de café

Além disso, o interior do Melitta conta com ranhuras verticais planas, que criam pequenos canais de escoamento. Elas evitam que o filtro grude completamente nas paredes do porta-filtro, permitindo a passagem de ar e água pelas laterais.

Resumo: o Melitta é ideal para quem busca praticidade e consistência com pouco esforço técnico. Ele favorece cafés mais encorpados, com tendência a notas mais intensas.

V60

Já o V60 tem um formato cônico com um ângulo de 60° e um furo central bem maior, que permite um fluxo de água muito mais livre. Isso significa que o tempo de extração depende diretamente da moagem do café e da técnica de despejo — ou seja, é um método que exige mais atenção, mas oferece mais possibilidades.

Outro diferencial está nas ranhuras em espiral, que acompanham a inclinação do cone. Elas direcionam a água de forma controlada, evitando a aderência total do filtro e promovendo uma extração mais uniforme.

Resumo: o V60 é perfeito para baristas e coffee geeks que querem explorar as nuances do café, ajustando variáveis como tempo, fluxo e moagem para alcançar resultados mais precisos.

 

 

Teste Sensorial: como cada método muda o sabor?

Para entender essas diferenças na prática, o teste foi sensorial e às cegas! Foram usados dois cafés da linha Unique:

  • Frutado: leve, com notas de limão, tangerina e mel
  • Bourbon Amarelo: encorpado, com chocolate, frutas vermelhas e doçura elevada

Usamos a mesma receita para ambos:

  • 20g de café
  • 240g de água a 92ºC
  • Moagem: clique 19 no moedor Timemore C2 (média-grossa, espessura de um açúcar cristal)
  • Três despejos: 40g (pré-infusão), depois dois de 100g
Preparando café no V60 e no Melitta
Resultados do café Frutado

  • V60: trouxe uma acidez mais viva e aromática, final limpo e corpo leve
  • Melitta: corpo mais presente, acidez suavizada, notas mais arredondadas
  • Curiosidade: a aparência também mudou. O Melitta apresentou mais óleos na superfície da bebida, uma característica da extração mais lenta e concentrada

Resultados do café Bourbon Amarelo:

  • V60: manteve a doçura elevada, boa acidez, final limpo e elegante
  • Melitta: corpo mais intenso, notas mais tostadas, leve amargor de caramelo queimado

E sabe o mais curioso? O teste sensorial acabou enganando até o paladar treinado. Em alguns momentos, o café frutado no V60 se comportou tão bem que foi confundido com o Bourbon. A acidez mais alta, somada ao corpo limpo, causou essa confusão.

Concluindo, o método influencia o resultado da sua bebida na xícara e muito! Mas ele não faz milagre. O café precisa ser bom.

 

 

Dicas técnicas para você aproveitar melhor cada método

Melitta

  • Evite moagens muito finas: o furo menor já retém bastante água, e moagens finas podem gerar superextração e amargor.
  • Prefira moagem média-grossa: algo um pouco mais grosso que açúcar cristal.
  • Ajuste a dobra do filtro para que ele se encaixe bem e não atrapalhe o fluxo.
  • Custo-benefício excelente: em média R$15 no varejo, acessível para todo tipo de preparo, do café de casa à extração geek.

V60

  • Atenção ao despejo de água: fluxo descoordenado pode canalizar a água, desequilibrando a extração
  • Moagem pode variar conforme o tempo de extração desejado — ideal para testes e ajustes
  • Mais técnico, mais controle, mais possibilidades: perfeito para quem quer explorar a fundo o sensorial
 

 

Afinal, qual é melhor: Melitta ou V60?

Não existe “o melhor”, existe “o mais adequado para o seu momento e para o seu café.”

O Melitta é um método democrático, que atende do iniciante ao barista experiente. Já o V60 é uma ferramenta de precisão, que recompensa quem domina variáveis como moagem, despejo e tempo de extração.

Ambos têm espaço, e ambos merecem respeito. Cada um traduz o café à sua maneira.

 

 

Desafio: um café, várias possibilidades

Você foi convocado para um desafio cafezeiro: usar o nosso café Blend para criar três receitas diferentes com o mesmo café, usando Melitta e V60. As categorias:

  1. Uma receita mais doce
  2. Uma receita mais ácida
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Gabriel Guimarães

Iniciou no universo dos cafés ao conhecer Hélcio Júnior, diretor da Unique Cafés, que o convidou para se tornar barista ao perceber a facilidade em comunição e paixão, ao ser atendido por ele em um bar onde o mesmo atuava como bartender.

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