INTRODUÇÃO

Desde a sua descoberta, o café tem sido uma paixão global, trazendo consigo uma vasta riqueza de sabores e aromas que cativam os amantes da bebida ao redor do mundo. Mas por que alguns países se destacam no mercado de café mais do que outros? Vamos embarcar em uma jornada para explorar os países que são verdadeiros tesouros do café e descobrir as razões por trás de seu sucesso.

Começamos nossa jornada na Etiópia, o berço do café. Aqui, encontramos mais de 700.000 pequenos produtores, cada um contribuindo com sua parcela única de grãos de café. Com uma média de cinco sacas por ano por produtor, a Etiópia mantém uma tradição de qualidade e cuidado na produção de café. Regiões como Sidamo e Yirgacheffe são conhecidas por seus cafés florais e frutados, que conquistaram o mercado de cafés especiais em todo o mundo.

Além disso, uma das curiosidades a respeito da classificação físicas do café na Etiópia é completamente diferente do Brasil, que conta com o auxílio das máquinas e equipamentos que fazem esse trabalho. Na Etiópia o lote inteiro de café cru é colocado em uma esteira e toda a família que está envolvida com a produção tira todas as imperfeições do café à mão. Normalmente esse trabalho é feito pelas mulheres.

As “Blue Mountains” ou Montanhas Azuis da Jamaica são o lar de um dos cafés mais exclusivos do mundo. Exportado em barris de madeira e apreciado por sua suavidade e ausência de amargor, o café jamaicano é uma verdadeira joia da coroa caribenha. Com sua Denominação de Origem Controlada (DOC), o café da Jamaica conquistou seu lugar no mercado de luxo. Atualmente, o café Jamaicano é um dos grãos mais caros do mundo.

Embora o Havaí seja mais conhecido por suas praias e surfe, suas plantações de café oferecem uma experiência sensorial única para os amantes da bebida. Apesar dos desafios com a mão de obra, o microclima favorável do Havaí contribui para a produção de grãos de café de alta qualidade, apreciados em todo o mundo por sua complexidade e caráter tropical.

A Colômbia se destaca não apenas por sua produção de café, mas também por sua estratégia de marketing inteligente. Com certeza você já deve ter ouvido falar da fama dos cafés colombianos, né?

Nesse sentido, representado pelo icônico Juan Valdez e sua fiel mula, os cafés colombianos conquistaram renome internacional. Cultivados em altitudes extremas nas encostas da Serra Nevada de Santa Marta, esses grãos são conhecidos por sua qualidade excepcional.

Atualmente, a Colômbia é um dos maiores produtores de café arábica do mundo, perdendo para o Brasil. Isso mesmo, quando o assunto é café especial, Brasil e Colômbia é tipo Brasil e Argentina no futebol. Agora, será que o café colombiano é melhor que o café brasileiro? Discutimos sobre isso em outro artigo aqui no Blog, depois volta ali e clica ali onde está grifado para conferir!

Na Costa Rica, encontramos uma tradição de café que se destaca pela sua acidez cítrica e pelo processamento de alta qualidade. Com uma técnica de processamento pós-colheita refinada, os produtores costarriquenhos são especialistas em produzir cafés lavados que ressaltam as características naturais dos grãos. Inclusive, temos um amigo que já participou de um vídeo sobre fermentação de cafés em nosso canal no YouTube, o Ivan – Consultor de pós-colheita na Costa Rica.

A altitude e o clima favoráveis, combinados com métodos de cultivo sustentáveis, contribuem para a criação de cafés únicos e distintos. Além disso, a Costa Rica é conhecida por sua dedicação à qualidade, garantindo que cada xícara de café conte uma história de cuidado e excelência.

Na Guatemala, encontramos uma rica tradição de café cultivado nas encostas vulcânicas pelas comunidades indígenas, com origens que remontam aos tempos dos antigos maias. Essas terras vulcânicas conferem aos cafés guatemaltecos sabores exclusivos e distintos, com notas que lembram cacau e especiarias exóticas.

Os produtores guatemaltecos são conhecidos por sua dedicação ao cultivo sustentável e à qualidade, resultando em grãos de café de alta qualidade apreciados em todo o mundo. Por métodos de processamento cuidadosos e uma atenção meticulosa aos detalhes, a Guatemala continua a ser uma potência na produção de cafés especiais, enriquecendo o mercado global com sua herança cultural e seu compromisso com a excelência.

No Panamá, encontramos uma história fascinante de inovação e excelência. Com a introdução do café Geisha, uma variedade de origem etíope, o Panamá tornou-se um nome proeminente no mundo dos cafés especiais. Graças ao seu microclima e altitudes elevadas, o Panamá produz alguns dos Geishas mais renomados do mundo.

Inclusive, caso você queira ter a experiência de provar um café Geisha, ele faz parte da nossa linha de cafés raros aqui do site.

No México, encontramos uma rica tradição de café, com destaque para sua produção de café orgânico. Os cafés mexicanos são conhecidos por suas notas de nozes e por uma acidez delicada que deixa um retrogosto refrescante.

Além disso, o México é pioneiro em um processo de descafeinação natural, oferecendo opções para os amantes de café descafeinado. Com suas fazendas sombreadas e métodos de cultivo tradicionais, o México continua a ser um destino importante no mundo do café, oferecendo uma ampla variedade de sabores e experiências únicas. Não é à toa que o Professor Girafales nunca recusou uma xícara de café da Dona Florinda!

Na Índia, encontramos uma fascinante diversidade de cafés, incluindo variedades arábica e robusta. As fazendas indianas são muitas vezes sombreadas e cultivadas em altitudes elevadas, resultando em grãos de café com notas terrosas distintas. O café indiano é influenciado pelas monções, que trazem umidade às plantações e contribuem para sua singularidade. Apesar dos desafios, como a competição com outras culturas agrícolas, a Índia continua a ser uma potência na produção de café, oferecendo uma gama diversificada de sabores e aromas.

Na Indonésia, encontramos uma rica tradição de café cultivado em solos vulcânicos, resultando em grãos com características únicas e exóticas. Destaque para a ilha de Sumatra, onde os cafés são conhecidos por suas notas que lembram a terra e um aroma terroso distintivo. Além disso, a Indonésia é famosa pelo café Kopi Luwak, produzido a partir dos grãos ingeridos e excretados por um pequeno felino conhecido como civeta. Apesar de suas peculiaridades, o café indonésio continua a ser apreciado por sua complexidade e singularidade, enriquecendo o mundo do café com sua contribuição única.

Por fim, chegamos ao Brasil, o maior produtor de café do mundo. Além de seu volume impressionante, o Brasil é reconhecido por sua qualidade excepcional. Com conquistas como o concurso Cup of Excellence e o desenvolvimento do protocolo de pontuação SCA, o Brasil continua a ser uma potência no mundo do café.